Uma pena que no nosso presidencialismo de coalizão os candidatos tenham que se ajoelhar ou se curvar perante os líderes de igrejas evangélicas. Esta situação empobrece o debate, jogando-o para o obscurantismo e impede o avanço da agenda progressista.
Acredito que não se deveria nem dialogar com estes grupos, já que eles não propõem soluções para resolver os problemas da economia, melhorar a qualidade da educação, da saúde. Tudo o que eles desejam é exercer influência para impor seus dogmas, restringir direitos civis e liberdades individuais. Assim, eles ajudam a construir, ao lado dos ruralistas e tantos outros representantes de "lobbies" patéticos, o mosaico de figuras horripilantes que tem se tornado o nosso Congresso Nacional e este processo tem se acentuado a cada eleição que passa.
Não vejo solução no horizonte, uma vez que nesta nossa democracia incipiente as pessoas não conseguem separar muito bem a esfera privada daquilo que é de interesse público nem compreendem o conceito de laicidade.
Talvez o parlamentarismo pudesse ser uma opção, mas não estou certo disso...
Enquanto isso os políticos vão precisar peregrinar ao Templo de Salomão ou temer a ira de uma figura abjeta como Silas Malafaia. Pobre Brasil!
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