O presidente venezuelano Hugo Chávez deu, nesta sexta-feira, declarações surpreendentes sobre o futuro do seu regime. O bolivariano criticou correligionários por utilizarem demasiadamente o termo "socialismo" e questionou por que ele seria obrigado a vestir diuturnamente uma "camisa vermelha", já que as pessoas se mostraram surpresas com seu novo visual: camisa amarela.
Além disso, ele fez um aceno à classe média venezuelana, bem como à iniciativa privada do país, supostamente oferecendo a estes setores um papel que não tiveram nos 12 anos de domínio chavista.
Parece que o presidente teve um esquecimento muito oportuno e conveniente, uma vez que sempre designou o seu domínio político como Socialismo do Século XXI. Porém, por trás desta atitude que, em sua aparência, visa a união dos diversos setores da Venezuela, o caudilho dá sinais claros de que o crescimento da oposição e do descontentamento do povo com seu desgastado governo, o fez repensar o arcabouço do seu regime.
Pode-se pensar que foram apenas declarações soltas e despretensiosas, e não uma desconstrução do ideal bolivariano. No entanto, são de tal forma opostas e vão de encontro a tudo que vinha sendo pregado por ele e seus apoiadores, que nos faz cogitar que o poder e a autoconfiança de Chávez já não são mais os mesmos. Tanto que o outrora orgulhoso e arrogante presidente desceu de seu pedestal para se dirigir aos "burgueses e golpistas".
Mais em: http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-14351508
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